Painel Brasileiro da Obesidade
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Especialista destaca alimentação saudável e atividade física como principais formas de prevenir doenças cardiovasculares
André Derviche Carvalho
26 de set de 2024 (atualizado 6 de nov de 2024 às 12h10)
A mudança de estilo de vida, com mais atividade física e alimentação mais saudável, é uma das principais formas de prevenir doenças cardiovasculares. Nesse sentido, o Guia Alimentar e o Guia de Atividade Física destacam-se como diretrizes para sustentar a mudança de hábitos.
A prevenção é uma das principais formas de controle das doenças cardiovasculares. Um levantamento de 2018 da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostrou que investir em políticas de controle gera economia de recursos financeiros para o sistema de saúde.
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Nesse caso, a OMS destaca promoção de dietas saudáveis, redução do uso nocivo do álcool e o aumento da atividade física. “A prevenção é investimento, não é gasto. É um investimento na saúde da população para que ela seja mais ativa e produtiva”, diz Patrícia de Luca, diretora executiva da AHF (Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar).
Um dos desafios para conter doenças cardiovasculares é o predomínio de alimentos ultraprocessados. Nesse sentido, o Enani (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil) aponta que 80% das crianças de até dois anos consomem ultraprocessados.
Além disso, uma pesquisa da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) junto à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) indicou que 81% dos adolescentes brasileiros têm fatores de risco para doenças crônicas.
Por isso, Patrícia de Luca explica que, além da alimentação saudável, a atividade física é uma saíde eficaz: “É importante pensar na saúde cardiovascular, uma vez que se você aumenta o gasto energético por semana, você tem uma redução significativa para doenças cardiovasculares”.
Doenças cardiovasculares entram no grupo de CCNTs (Condições Crônicas Não Transmissíveis). Estas são algumas medidas para reduzir o risco de câncer, diabetes, doenças cardíacas e pulmonares e AVC (Acidente Vascular Cerebral):
Nesse último caso, a inalação de poluentes do ar provoca uma resposta inflamatória no sistema respiratório. Com isso, o funcionamento dos pulmões e do coração é prejudicado. Além do cuidado com o ar, o poder político deve se mobilizar em prol de ações que promovam hábitos saudáveis para reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
“Para evitar as condições crônicas, precisamos de um estilo de vida saudável. Há muita política pública envolvida nisso. Temos que mudar o ambiente. A mudança do ambiente é mais eficiente que a conscientização (individual)”, explica Patrícia de Luca
Por isso, a especialista recomenda a inclusão de profissionais de educação física no cuidado de condições crônicas, como as doenças cardiovasculares.
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