Novas tendências para o cuidado com a obesidade na atenção básica

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Novas tendências para o cuidado com a obesidade na atenção básica

Novas tendências para o cuidado com a obesidade na atenção básica
2021
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Novas tendências para o cuidado com a obesidade na atenção básica

Autores: Arieta Carla Gualandi Leal; Cíntia Pereira Donateli; Fernanda de Carvalho Vidigal; Gabriella Oliveira Ferreira; Irene da Silva Araújo Gonçalves; Letícia Soares de Freitas; Luciana Saraiva da Silva; Maíra Mendes Coelho; Túlio da Silva Junqueira

Publicado em: 2021

País: Brasil

Tipo de arquivo: Livro

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Resumo

As duas coleções de livros digitais Enfrentamento da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS): estratégias para gestores de saúde e Enfrentamento da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS): estratégias para profissionais de saúde, são produtos da equipe RENOB-MG para capacitar, consolidar e enriquecer o trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde e gestores da Atenção Básica de Saúde no controle da obesidade e no cuidado integral da pessoa que vive com essa doença crônica.

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Por que o tema é relevante?

A complexidade da obesidade e seus fatores causais demandam constantes atualizações da equipe multiprofissional. Na busca por melhorar o cuidado à saúde, é possível incorporar as práticas integrativas que trazem o olhar não só para o corpo, mas também para a mente e espírito.

Qual é o objetivo do estudo?

O documento apresenta outras abordagens para o cuidado da obesidade, além da medicina convencional. O objetivo é instruir o profissional da saúde sobre essas práticas, possibilitando uma visão integral do indivíduo com obesidade.

Quais as principais conclusões?

A obesidade, na sua complexidade, demanda uma abordagem diferenciada dos profissionais da saúde. Para acompanhar este tipo de paciente, é possível agregar terapias à medicina ocidental. Esse aspecto auxilia na compreensão das práticas integrativas e complementares em saúde (PICS). Elas se baseiam em recursos terapêuticos que resgatam a responsabilidade do paciente para o seu cuidado com a saúde. É importante ressaltar que as PICS não descartam o acompanhamento clínico tradicional e sim as complementam.

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares reconhecidas pelo Ministério da Saúde são: 

  • constelação familiar;
  • bioenergética;
  • yoga;
  • biodança;
  • cromoterapia;
  • aromoterapia;
  • naturopatia (naturologia);
  • plantas medicinais e fitoterapia;
  • ayurveda;
  • medicina tradicional chinesa;
  • auriculoterapia;
  • medicina antroposófica.

Esses recursos terapêuticos foram incorporados ao SUS, mas a sua implementação depende, em última instância, do município segundo as atribuições da União, dos estados e municípios nas ações de saúde.

Como todo tratamento, a sua aplicação exige o aprofundamento do tema. Por isso, uma dificuldade é a necessidade de profissionais capacitados nas PICS na rede de atenção básica. A superação dessa limitação pode contribuir para o desenvolvimento de estudos na atenção básica, que, atualmente, são escassos.

O documento traz uma segunda tendência no atendimento ao paciente com obesidade: a abordagem em grupo. Os grupos permitem o compartilhamento de vivências, a escuta das necessidades das pessoas e a exposição das orientações técnicas dos profissionais. O planejamento, coordenação, metodologias e desafios na adesão das atividades em grupos são expostas pelos autores.

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na saúde também são um importante passo no cuidado do indivíduo com obesidade. Infelizmente, levantamento anterior à pandemia de COVID-19, revelou que apenas 13,5% das equipes de atenção básica tinham alto grau de incorporação das TICs. Essas tecnologias vêm na forma da Telessaúde, por exemplo. Outra possibilidade são os Prontuários Eletrônicos do Cidadão (PEC) que, uma vez ampliada a sua utilização e integração à internet, permite reduzir a fragmentação do atendimento multiprofissional e contribuir para o fornecimento de informações para a gestão pública da obesidade. 

Os aplicativos móveis são uma ferramenta aliada na comunicação entre profissionais e pacientes. Dados trazidos pelos pesquisadores, em 2016, mostram que 80% dos brasileiros usavam smartphones. Há evidências de que a sua utilização, especialmente por adolescentes, aumenta a adesão ao tratamento da obesidade. Por isso, é uma estratégia interessante a ser considerada na atenção básica para estimular hábitos de vida saudáveis.