Maternal obesity: new placental paradigms unfolded

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Maternal obesity: new placental paradigms unfolded

Maternal obesity: new placental paradigms unfolded
2022
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Maternal obesity: new placental paradigms unfolded

Autores: Carolin Brombach, Wen Tong, Dino A. Giussani

Fonte: Trends in Molecular Medicine

Publicado em: 2022

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Resumo

A prevalência da obesidade materna está aumentando a um ritmo alarmante e representa um grande desafio para a prática obstétrica. Os efeitos adversos na saúde materna e fetal são mediados por interações complexas entre sinalização metabólica, inflamatória e de estresse oxidativo na placenta. O estresse do retículo endoplasmático (ER) e a ativação da resposta de proteína desdobrada (UPR) são vias comuns a jusante do estresse celular, e há evidências de que essa resposta homeostática conservada pode ser um mediador chave na patogênese da disfunção placentária. Resumimos a literatura atual sobre as alterações celulares e moleculares da placenta que ocorrem em mulheres obesas. Um foco especial é dado ao estresse do RE placentário na gravidez obesa, o que pode fornecer um novo elo para futuras investigações.

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Por que o tema é relevante?

O excesso de peso durante a gestação pode trazer prejuízos para a saúde tanto na mãe quanto na criança. Alterações na placenta parecem mediar esses efeitos adversos.

Qual é o objetivo do artigo?

Apresentar as alterações celulares e moleculares que ocorrem na placenta de mulheres com obesidade e apontar caminhos para futuras pesquisas sobre o tema.

Quais as principais conclusões?

O avanço da biotecnologia e do conhecimento da epigenética (alterações na expressão gênica sem que haja variações na estrutura do DNA) desvendaram diversas alterações que surgem na placenta de mulheres com obesidade. Destacam-se: 

  • a inflamação crônica da placenta devido ao acúmulo de gordura, à presença de produtos da adição de carboidratos a proteínas e gorduras e às mudança das células de defesa;
  • o aumento do depósito de gordura na placenta é causado pelo maior fluxo de gorduras, aumento da atividade da lipase lipoprotéica (principal enzima que metaboliza gorduras) e alterações do metabolismo das mitocôndrias (estrutura da célula responsável pela produção energética (ATP)) ;
  • as alterações metabólicas e inflamatórias aumentam o desequilíbrio entre os mecanismos antioxidantes e os radicais livres da placenta e das células e diminuem a resposta às proteínas mal formadas, os quais pode levar a potenciais complicações gestacionais como restrição do crescimento fetal, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional; e
  • Estes mecanismos podem também alterar o metabolismo do óxido nítrico (tipo de radical livre que atua, dentre outros aspectos, como um intermediário de diversos processos, como a circulação placentária) e interferir na formação de novos vasos sanguíneos.

Diante do impacto da obesidade na placenta e, consequentemente, no desenvolvimento fetal, futuras pesquisas podem caminhar para esclarecer a relação temporal do estresse celular.