A linguagem acadêmica e o estigma na longevidade

Biblioteca

A linguagem acadêmica e o estigma na longevidade

A linguagem acadêmica e o estigma na longevidade
2019
Acusar erro

Ficha da publicação

Nome da publicação: A linguagem acadêmica e o estigma na longevidade

Autores: Déborah Oliveira

Fonte: Geriatrics, Gerontology and Aging

Publicado em: 2019

Link para o original

Resumo

É comum encontrarmos na literatura científica brasileira termos potencialmente estigmatizantes sendo utilizados para descrever pessoas com demência e pessoas vivendo em residenciais de cuidado, tais como os termos pessoa demenciada, paciente asilado ou idoso institucionalizado. Historicamente, transtornos mentais e residenciais de cuidado de longa duração para idosos detêm conotações negativas na sociedade. O uso de termos que historicamente remetem à segregação social, à institucionalização ou que reduzam o indivíduo à sua doença pode, portanto, contribuir para a perpetuação do estigma, do preconceito, da despersonalização e da discriminação frequentemente vividos por essas pessoas. Este artigo de opinião tem por objetivo fomentar discussões sobre o uso de tais termos pela comunidade científica brasileira e pela mídia, bem como refletir sobre o impacto do uso de tal linguagem como parte das culturas acadêmica e clínica atuais. A autora cita exemplos de frases e palavras estigmatizantes que são comumente encontradas em publicações brasileiras e aponta algumas das consequências do estigma para as pessoas com demência e aquelas que vivem em residenciais de cuidados. A autora também menciona documentos internacionais que podem ser utilizados como referência para uma escrita mais inclusiva e ética.