Investigação de associação entre ancestralidade genética, polimorfismos genéticos relacionados à obesidade e marcadores de adiposidade: estudo Pró-Saúde

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Investigação de associação entre ancestralidade genética, polimorfismos genéticos relacionados à obesidade e marcadores de adiposidade: estudo Pró-Saúde

Investigação de associação entre ancestralidade genética, polimorfismos genéticos relacionados à obesidade e marcadores de adiposidade: estudo Pró-Saúde
2021
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Nome da publicação: Investigação de associação entre ancestralidade genética, polimorfismos genéticos relacionados à obesidade e marcadores de adiposidade: estudo Pró-Saúde

Autores: Allan Ribeiro Reis Scharf Costa

Publicado en: 2021

Tipo de archivo: Tese/Dissertação

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Resumen

A susceptibilidade à obesidade está relacionada a fatores ambientais, sociais, culturais e genéticos. Dentre os fatores genéticos destaca-se a ancestralidade e genes que atuam ao nível do sistema nervoso central. As estimativas de ancestralidade são utilizadas para auxiliar na compreensão das contribuições genéticas na variação individual de parâmetros de obesidade e composição corporal, particularmente, em grupos miscigenados conhecidos por diferirem quanto a susceptibilidade à obesidade. A genotipagem de marcadores informativos de ancestralidade (AIMs) permite a estimativa de proporções de ancestralidade entre indivíduos em uma amostra. Este estudo teve como objetivo investigar pela primeira vez, numa amostra populacional do Estado do Rio de Janeiro, associação entre ancestralidade, marcadores em genes descritos como associados à obesidade e adiposidade, de forma a contribuir com conhecimentos sobre a saúde desta fração populacional. Para investigar associações entre fatores genéticos e adiposidade, foi analisada uma amostra de 501 indivíduos não aparentados do Estado do Rio de Janeiro, pertencentes ao Estudo Pró-Saúde (EPS). Foram avaliados quarenta e seis polimorfismos de inserção/deleção (InDels) como AIMs e quatro polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), rs17782313, rs9939609, rs7138803 e rs4074134, localizados nos genes MC4R, FTO, FAIM2 e BDNF, respectivamente, descritos como associados à obesidade. Os resultados foram interpretados considerando as informações disponíveis em publicações anteriores em diferentes populações. Os marcadores de adiposidade utilizados nas análises de associação foram o IMC, circunferência da cintura, razão cintura-quadril e porcentagem de gordura corporal. Através de uma análise de subestruturação populacional, observou-se que a população estudada apresenta desequilíbrio de Hardy-Weinberg. A utilização dos AIMs como fator de correção nas análises de associação entre os SNPs associados à obesidade e marcadores de adiposidade é vital para que esses efeitos de subestruturação não enviesem a associação e levem a interpretações espúrias. A partir da genotipagem dos AIMs e SNPs, identificou-se a ancestralidade e o perfil genotípico, respectivamente, da amostra populacional. A amostra apresentou maior ancestralidade europeia (57,2 %), seguida de africana (28,8 %) e, por último, ameríndia (14 %). Nesta amostra da população brasileira, não foram observadas associações estatisticamente significativas entre os fatores genéticos estudados e os marcadores de adiposidade relacionados à obesidade. Observa-se pela literatura que o papel de fatores genéticos no aumento da adiposidade e manifestação da obesidade é controverso. Alguns autores apontam a responsabilidade genética, enquanto outros não a observam. Uma explicação é que o aumento da adiposidade e consequente obesidade são condições multifatoriais e possuem outras variáveis que podem ter um maior efeito em seu desenvolvimento, como fatores ambientais, sociais e culturais.